Sou um caboclo sonhador
Meu senhor, viu
não queira mudar meu verso
Se é assim não tem conversa
Meu regresso para o brejo
Diminui a minha reza
Coração tão sertanejo
Vejam como anda plangente o meu olhar
Mergulhado nos becos do meu passado
Perdido na imensidão desse lugar
Ao lembrar-me das bravuras de nenem
Perguntar-me a todo instante por Bahia
Neca e Quinha, como vão? tá tudo Bem?
Meu canto é tanto quanto canta o sabiá
Sou devoto de Padim Ciço Romão
Sou tiete do nosso Rei do Cangaço
Em meu regaço culminado em pensamento
Em meu rebento sedento eu quero chegar
Deixe que eu cante cantigas de ninar
Abram alas para o novo cantador
Deixem meu verso passar na avenida
Num forró-fiado tão da bexiga de bom