[jonsu]
Porra
Somos tão nada que não valemos nem o troco?
Acho inadimissivel estamos até virando comida de porco
Me sinto atingido ao ler o jornal e ter que assumir
Que o fato é, o desprotegido sempre vai um dia sumir
Aconteceu no rio, em todos cantos do brasil
Um pobre menino negro que morreu e ninguém viu
Sumiu!
Invadem escolas pra falar sobre o governo
Mais não educam seriamente para termos um bom emprego
Olham pra mim como se eu fosse um maluco desorientado
Que anda, segue em frente procurando um lugar sossegado
Quem quer falar por favor que fale la fora
Não quero escutar baboseira de quem pouco faz e só vitrola
Aconteceu eu sei, aqui no rio
Recém nacidos abandonados jogados no frio
Crianças mortas por nada e por não terem nada
Apenas lembranças claras pras famílias ficaram gravadas
O livro é trocado por granadas e bastões
Mentes são sugadas pelas mensagens das televisões
Uma bela cidade em um imenso local no mapa
Florestas e habitates destruidos por quem mata
Ninguém sabe ninguém viu navio negreiro no brasil
Quando vamos ver a liberdade já sumiu
Se afundam na guerra familiar espetacular
O amor é tão importante mas ninguém quer praticar
[devil]
Uns caem no mar, outros caem por terra,
Se afunda ou prospera,
Armas cospem fogo igual quimera
Se enterram, largados em meio a nova era
Talibãs, dodibas, criam clas
Permanecem sozinhos,
Deturpadas mentes sãs
Que evoluem e criam fãs
Como suditos notorious
Em reinados ilusorios
Com dilemas e problemas
Que acompanham a correria
Como cenas, tira teimas
Não aprendem so se queimam
Pensando, vão vislumbrando
Surtando no dia dia
Largados, rasgados,
Os inimigos do estado,
Muleques novos revoltados
Espalhados por todo lado
Não etendem, aprendem
Com o mais antigo do k.o
Enquanto uns aprendem com a vida
Se guiando por batidas
Sou meu próprio professor
Cresce, nada muda
Dia a dia desleal,
Vira capa de jornal
Anti-heroi ou marginal
Vive em busca de ser feliz
E não de viver por um triz
Se as ideias abrem a mente
Então começo a viajar, com
Ervas, copos e maços
Tretas, troços e traços
Flips e flows em compassos
Honro minha bronca ao rimar
Sagacidade no passos
No rio, não da pra ver, nem controlar
Algo de estranho dominar
Então se casa com o acaso, por acaso
Show de truman não acabou
Aumentou, o que se penso
Vê bairro 13 e acha maneiro,
Abre a janela neguin,
Tu tá no rio de janeiro
[bck]
Estampado na minha frente,sementes morrem, corpo vazio
Dia quente tá mais quente, o frio cada vez mais frio
Macumbeiro xingando crente, tudo acende o pavio
Mundão indo embora doente, começando aqui no rio
Predios explodem, pessoas morrem,feridas doem
Demonio, ódio, corvo negro, escuridão, eles te engolem
Se hospedam no ser humano, almas fracas consomem
Que se torna só um objeto que num é ninguém
Desconhece o bem, surge de cada beco imundo
No rio escuro profundo, atrasa lado, vagabundo
Te fode na rave, na lapa, no baile, ou no tedio
Te arrasta pelo asfalto, ou te taca de cima do predio
Cuidado neguin, sabedoria na caminhada
Mulher pelada num falta, mas saiba a hora da parada
Essa é a parada,
Tem que ter inteligencia e corpo de guerreiro
E muita sorte, pra viver no rio de janeiro
No calendario em janeiro desordem o tempo inteiro
Em fevereiro mendigo se esquenta com vapor do bueiro
Playboy esquenta o cuzin com aquecedor e caga dinheiro
Em março quer carnaval, arruma briga primeiro
Mais merda vindo ai,tamo em abril
Porrada nas balada, puta que pariu
Neguin, mas eu não caio
Quero curtir aqui no rio,
Sem kaozada tipo assim, com meus amigo
Aqui na atividade, tô no mês de maio
Chega de pensar merda, fecha o livro,da stop, eu me guio,
Falta uns anos, tô no aguarde, da liberdade do meu tio
No dia-dia, rataria, sobrevivendo por um fio
Essa é a história dos que sabem o que aconteceu no rio