(Gn. 4.7) Demine seus delírios
(Sl. 55) Poema aos traidores
(Lc. 22.48) O beijo do traidor
"Aquele que partilhava do meu pão voltou-se contra mim." (Jesus, João 13.18)
A história não é feita só com o sangue de heróis
Não é raro encontrar um Judas entre nós
Não estou surpreso porque fui traído
Ontem o cara era amigo, hoje é algoz
O que me espanta é a dor que a gente sente
Mistura de tristeza, raiva e aflição
Muito pior que o ataque feito pelo inimigo
É o estrago feito pela traição
Abra o olho, olha o Judas
Abra o olho, olha o traidor
O beijo da traição me faz lembrar
Se não domino meus delírios
Também posso me enforcar
Por melhor que seja o teatro de um traidor
Não adianta se esforçar pra esconder a farsa
O tempo passa, logo aparece a trapaça
A sujeira vem a tona e todo mundo vê
A mente doente que sem domínio mente
Tentando inutilmente fugir
Deixando um rastro de alianças partidas
Um passado de amizades destruídas
Agora, a parte que me cabe nessa confusão
É adormecer o Pit Bull que acordei
Reconhecer que também tenho distorções
Lutar para combater os erros que apontei
Por que o ser humano é tão difícil?
Por que é tão difícil ser humano?
Não há ninguém capaz de saber
Até que ponto o coração é traidor
Mas se rolar arrependimento, rola perdão
Mas se não rola, a forca é o preço da traição