Os gatos de muro
Não querem dar duro
Querem o lixo da história
Querem o poder e a glória
De uma lata destampada
Querem estrelas cadentes
Rolando dementes
Em noites enluaradas
Querem, ao gritos, trepadas
Nos telhados dos vizinhos
Querem muito carinho e
Botar o pé na estrada
Querem, ondas de ventos
Roçando os seus pelos
Querem a paz e o sossego
De quem é dono do seu tempo