Dance,
A música negra que o Mané Galinha compôs com o sangue
E o suor da semana inteira de ralação
Deus abençoe o ritmo desse som
Que salvou a vida das futuras vitimas do negão
Um dos poucos que encontrou uma opção
Suba,
De tijolo em tijolo um barraco feito com açúcar
Que na primeira chuva desaba seus sonhos morro abaixo
A escola da rua ensinando você tem que ser macho
Jogando toda sujeita pra baixo do capacho
E a escola da vida tentando sossegar seu facho
Então não perca o balanço
Que a parada “tá loca”
Mané Galinha na voz
Só precisa dessa boca pra viver
Cale,
O som do disparo que uma só voz pode emitir
Mané Galinha não se cansa de repetir
Que nada controla sua mente na hora de escolher
Que o futuro é dormente somente pra quem não pode crer
No bem permanente, no mal que é ausente pra viver