Um dia cabral foi dar o seu rolé.
Ele tava muito puto,
Muito puto com a mulher.
Pegou uma caravela encheu de macho e partiu.
E descobriu uma nova terra que é chamada de brasil.
Pero vaz de pau duro com uma índia lá na praia.
Deu um toque pro mané:
-Venha-se embora pra gandaia.
E não se esqueça, por favor, da vitrola e da rapadura.
E traga a cerveja que as mulheres tão todas nuas.
O inácio de loiola
E o padre anchieta
Buzinaram para os índios que o pajé era mutreta.
A partir de agora, não se fala nada disto.
O rei da cocada é um tal de Jesus cristo.
E os índios não entenderam
E se lascaram mais ainda.
Acorrentaram os homens,
Estupraram as meninas.
E exploraram a nossa terra,
Açoitaram sem parar.
Cara pálida da europa não queria trabalhar.
Foi-se o tempo.
O juízo
E o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
Foi-se o tempo.
O juízo e o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
E os portugas foram às compras em um shopping africano.
E trouxeram muitos negros para o solo lusitano.
E começou a putaria
E o brasil ficou maluco.
Da suruba, veio o mulato, o cafuzo e o mameluco.
E o cacete já comia lá no velho continente.
Um baixinho invocado pipocava muita gente.
Um dia resolveu dar umas tapas no joão.
Quem fica aqui é o guarda.
Vou correr, napoleão.
E o pedro do joão não voltou a portugal.
Independência ou morte.
Vou abrir uma filial.
E a bodega foi crescendo.
Olha o tamanho da confusão!
Juninho quis uma bicicleta, mas ganhou uma nação.
Um dia uma bicha feia, era a princesa isabel.
Libertou os negros.
Olha aqui esse papel.
E um ano se passou e o brasil virou república.
Era 15 de novembro, quatro e vinte da madruga.
Foi-se o tempo.
O juízo
E o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
Foi-se o tempo.
O juízo e o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
Um ingrato fedorento
Tomou a rédea,
Não se esqueça.
Era um tal de marechal deodoro da fonseca.
Sai pra lá segundinho.
Se arromba fi do cão.
Ontem eu era teu chumbeta,
Hoje não beijo a tua mão.
Então veio um caudilho lá do rio grande do sul.
Pai do povo,
Pai dos pobres.
E a esquerda tomou no cu.
Prenderam muita gente,
Dois deles alagoanos.
Viva nise da silveira!
Viva o mestre graça ramos!
Em cinquenta ele voltou
E assumiu esta nação.
Seu governo teve circo,
Muito circo e pouco pão.
Quatro anos se passaram.
E no meio de tanta pressão,
Getúlio se matou com um tiro no coração.
Belo dia, juscelino foi beber num armazém.
Encontrou lúcio costa
E o oscar matusalém.
Pelas três da manhã,
Cheio de mel no seu juízo,
Foi cumprir uma promessa feita há tempo num comício.
Construir uma cidade lá no cafundó do judas.
Pra abrigar os picaretas
E o comboio de prostitutas.
Foi-se o tempo.
O juízo
E o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
Foi-se o tempo.
O juízo e o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
Em sessenta e quatro
Com os milicos no poder.
Tome porrada em todo mundo.
Aqui nóis bota pra fudê.
Com apoio americano,
O governo sucumbiu.
Mandaram joão goulart para a puta que pariu.
Vinte anos de porrada.
Vinte anos de opressão.
Torturaram os do contra no natal e no são joão.
Até que figueiredo se abusou de uma vez.
Entregaram a mangaba pro bigode do sarney.
Depois veio um playboy.
E em seguida itamar.
Fhc por oito anos
Com o pt a reclamar.
E aguardente em pedra dura
Tanto bate até que lula
Se elegeu presidente e indicou a substituta.
E agora meu compadre!
A gente bota quem quiser.
É só não vender o voto
E não ser um zé mané.
E o brasil tá crescendo,
Mas não tem educação.
Deixe a novela de lado
E ponha um livro em tua mão.
Foi-se o tempo.
O juízo
E o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
Foi-se o tempo.
O juízo e o ouro ninguém viu.
Isso é cagado e cuspido,
É história do brasil.
Composição: John Mendonça