Os donos da situação
já deram provas do que vão fazer
Sem ter a minha permissão
Já me compraram e estão prontos para revender
Eles já não tem mais veneno pra me dar
Estão famintos por poder e querem me matar
Regando essa desunião
Senhores da destruição
E enquanto isso eu estou aqui
Trabalhando feito um louco sem me preocupar
Com o que virá depois e o que é que eu vou ganhar
Sendo escravo da riqueza que eu não vou usar
Que eu não vou herdar
Que eu só vou pagar
As covas já estão marcadas sei o preço do meu bem estar
As flores já foram cortadas e os espinhos são pra me cegar
E cego eu vou andando lento contra o vento que me quer parar
Estou a beira de um abismo
E mesmo assim ninguém vai me parar
Por que
O pesadelo deles é a minha voz
Que diz toda a verdade a quem quiser ouvir
Enquanto as armadilhas caem sobre nos
Tem sempre alguma coisa que me faz sentir
Que ainda estou vivo!
Que ainda estou vivo!
Que ainda estou vivo!