Já colhi de tantas mudas e ainda não descanso, tento encontrá-la
Brotou longe e dizia: desses versos não desfruto, só observo
Se ainda, reconhece e não pode retroceder
Não minta, se despeça, pois tenho algo a oferecer
Sua vida é tão vazia não se importa de que lado está
(atravessa sem olhar)
Não me diga como agia, da esquina posso enxergar
Se ainda vai dizer que histórias vai contar?
Quando for dormir, ou até acordar
No café da manha quero disco, vinis, algo para abastecer
Não quero algo para alimentar, meu combustível é você
A um minuto atrás, não esqueço, mas quem sou?
E ainda, esquece mas sente algo lhe prender
Se obriga, desconfia, pois tenho mais a oferecer
Sua vida é tão vazia, não se importa de que lado está
(atravessa sem olhar)