Navegando nesse navio
Não quero a mentira como clandestina
Se ela resolver vir comigo eu dou um gole de "estricnina"
Se houver bagunça em minha cabeça
Tentarei fazer uma faxina
Pois comprar a verdade não é tão simples
Quanto você imagina
Não encontrará o seu perfume em loja de grã-fina
Pois seu odor é parecido com o de naftalina
Sorriso de amigos e família
É a verdadeira luz que me ilumina
Os fortes alicerces que deus a mim destina
Pra nessa corda bamba eu não cair aqui de cima
Quer a real?
No gueto os verdadeiros são perseguidos pelos tiras
E em brasília, falsos se escondem atrás de suas mentiras
Refrão
Eu ando por muros bombardeados por grafite
Vejo paredes dixavadas por pixes
A noite as pessoas procuram a calma
Ao deitar em suas beliches
Lá fora a chuva só, em cair persiste
Em todas as proporções, ocasiões em que se agregam
Sinceridade vem em meu plantio e as chuvas de verdades
Nutrem e regam, e me carregam
Pra essa tempestade
Onde quem não vê a verdade, as visões cegam
Minha visibilidade se amplia numa via
Em que batimentos cardíacos aceleram quando desconfia
O espírito se alimenta e a conduta se desvia
O sentimento vira fraude
Lorota só quem conta, aplaude
Cuidado com o monstro em que cê cria
As verdades vêm a tona como um balde de água fria
Vê sua silhueta numa poça
E quando sentir a ausência de verdade, a língua coça
O excesso de mágoa na cidade cinza
Compatível com a falta de água na roça
Isso é algo que transparece a realidade
Sinceridade é algo que vem de você
E não nas suas bagagens
Aqui a chuva caí, mostrem quem são
Por trás das maquiagens
Sei quem são, a real identidade, faz a dança da chuva
Que a gente vem com a chuva de verdades
Refrão
Eu ando por muros bombardeados por grafite
Vejo paredes dixavadas por pixes
A noite as pessoas procuram a calma
Ao deitar em suas beliches
Lá fora a chuva só, em cair persiste