A ciência explica o fato, não o acaso
Displicência elementar, um pacto
Não saber é um ato.
Filosofia é um fado português
com bacalhau de segunda.
Na terça, uma sombra mista de carne
Suor e flatulos.
Sábia é morte que não mata,
Espera a forca retesada da existência
Humanidade é sombra,
Saudade é não ter nascido
É pular o terceiro dia
E Ressuscitar em marte
Onde vermelho é terra e não sangue
Onde guerra é extinção
E não fome.
Nada como não pensar,
Como uma salsicha,
Ser o falo degolado
Por uma ânsia de barriga.
Eu quero ser uma salsicha
Uma mistura porca de vida breve
E ser a guilhotina afiada que vai te matar de dor de barriga.
Sendo assim:
O que a ciência não explica
É uma dor de barriga
Que será a sua forca, a sua guilhotina.
Não pensar é um groove doido
De texturas graves
Uma sucuri com rumo certo.
Esperando o bote doce,
Na pista de dança farta
De abutres finos
Com moscas monges
Que esperam eternamente
Por seu perfume de mármore
Que não tarda em apodrecer.
A inexorável virtude da vida!