Eu vi meus crimes estampados
Na estrutura do asfalto
Eu não queria ter feito o que eu fiz
Esse é o meu jeito de ser feliz
Trancafiado a 3 anos dentro do ventre de uma pátria
Com a água de chuva, essa era a solitária
Um buraco derretido era a minha privada
Me revoltando a cada dia com minha ação primária
A sepultura diária!
Comendo resto de entulho estragado na lata
Deixado no chão duro como um corpo assassinado
Provando o sabor do pecado
Que me foi destinado
No corredor caminhei arrastando a minha vida
Cuspindo sangue e ódio, era o fim da partida
Quantas pessoas mutilei por um pedaço de papel
Agora o meu corpo derrete em uma cadeira de fel
Cadeira Elétrica!
Eletrocutando minha vida em estágio de pavor
Ouvindo a reza do padre e nada mudou
Torrando nessa sala aos olhos sem clamor
Eu vi meus crimes estampados
(Estampados!)
Na estrutura do asfalto
(Assalto!)
Eu não queria ter feito o que eu fiz
(Eu fiz!)
Eu me transformei assim
"Assassino! Ladrão!
Pena de morte ainda é pouco!
Essa vida sem compaixão! "