Chamarrita hoje é domingo
Vou encilhar o potro baio!
Pra dar uma volta no povo
Que há muito tempo eu não saio
Faz tempos que sou domero
Aqui na estância do meio
Tirando ‘cosca’ de potro
E égua xucra sem costeio!
Atei a cola do potro
Quatro galhos bem pachola
Pra escaramuçar o meu baio
Frente ao rancho onde ela mora!
Chamarrita, errei a conta
Das lonjuras de um carinho
E vi o fim da saudade
Na metade do caminho!
Chamarrita, nem pergunta
Do golpe que me partiu
Um aceno da janela
Que até o baio sorriu!
E bem na beira da estrada
Já me afetando o mormaço
Esse pedaço de mundo
Vai vir morar nos meus braços!
Delicada, ‘muy’ sincera
E até com certa elegância
Ela disse que pra gente
O que serve é a distância!
Chamarrita, fui embora
Do Rancho dessa mimosa
Que um domingo ensolarado
Às vez é de pouca prosa