Seu Zé Paraíba
Seu Zé das "criança"
Foi pro Paraná
Cheio de esperança
Levou a "muié"
E seis barrigudinhos
Pedro, Joca e Mané
Severina, Zefa e Toinho...
No norte do Paraná
Todo serviço enfrentou
Batendo enchada no chão
Mostrou que tinha valor
Dois anos de bom trabalho
Até cavalo comprou
A meninada crescia
Robusta e muito animada
A "muié" sempre dizia:
"Ninguem 'tá' com pança inchada"
Tudo igualzinho a sulista
De buchechinha rosada
Se nordestino é pesado
É do ofício o cavaco
É como diz o ditado:
"Corda só quebra no fraco
Deus quando dá a farinha
O diabo vem e rouba o saco"
Aquele fogo maldito
Que o Paraná quase engole
José brigava com ele
Acompanhado da prole
Vosmecê fique sabendo
Que José nunca foi mole
Depois de tudo perdido
José voltou pro ranchinho
Foi conferir os "menino"
Tava faltando Toinho
Voltou em cima do rastro
Gritando pelo caminho
Cadê Toinho...
Cadê Toinho...
Responde Toinho...