Velho relógio, coração do tempo
Que vai batendo e arrastando a vida
Marcando horas de cruel saudades
Eu passo longe de você, querida
Quando partiste ao me ver chorando
Disseste, breve voltarei meu bem
Passaram horas no relógio antigo
Vieram os anos e só você não vem
Seu tic-tac no vazio da noite
São como vozes me dizendo assim
Eu sou aquela que partiu pra sempre
Já não convém mais esperar por mim
Sinto morrer meu coração cansado
Qual um relógio a soluçar de dor
Quando parar na solidão do peito
Saiba, querida, que eu morri de amor
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)