Hoje eu quero pegar-te no laço
Botar-te na mesa carnear-te no chão
Quem diria, rolar noite inteira
O espeto bem quente na palma da mão
Que essa perna bem longe do pago
Parece mais forte que um trago a mais
Nessa luta que é uma gineteada
Pelejo no fogo ardente demais
E à gaúcha é o churrasco. Tá pronto o galpão
E a chaleira bem quente, erva pro chimarrão
Um gaúcho comendo no campo, regaço
Remanso de laço ou de canga na mão
Que uma noite tão pouca
Não me adianta, tão louca maneira
Que sem ti, um arreio pareço
Faminto, minha companheira
Que o galpão não tem hora
Mas, buena alegria lá fora
Um galope e uma volteada pro canto
Que nem arapuca e me prende num golpe.