Rio, que leva as paradas,
águas viajadas vindas do sertão
Leva também minha magoa,
Uma jura quebrada a dor de uma ilusão
Não pare com esse meu lamento,
Pois o seu alento é minha inspiração
Deixa a correnteza espalha
Ou quem sabe encalha em outro coração
Vai que a vida é derradeira,
Encontra a corredeira a sorte quer voar
A chuva encontra seu destino,
Pra te fazer menino a hora quer turvar
E se cruza no caminho com um pouco de carinho
É remanso pode se deitar
Rio que leva distante todo navegante a caminho do mar
Segue margeando as paisagens,
Beirando as ramagens beijando o chão
Sangre na sua jornada estrada calejada invade a imensidão
São veios do seu leito forte, quer espantar a morte,
Ensina uma lição