Antigamente nos meus tempos de ventura
Quando eu voltava do trabalho para o lar
Neste bar alguém gritava com ironia
Entra mano, o fulano vai pagar
Havia sempre alguém pagando um trago
Pelo simples direito de falar
Havia sempre uma tragédia entre dois copos
Nas gargalhadas de um infeliz a soluçar
Eu sabia que era estranho neste meio
Um estrangeiro na fronteira deste bar
Mas bebia, outro pagava e eu partia
Para o mundo abençoado do meu lar
Hoje faço deste bar a sucursal
Do meu lar que atualmente não existe
Tenho minha história pra contar
Uma história que é igual, amarga e triste
Sou apenas uma sombra que mergulha
No oceano de bebida o seu passado
Faço parte dessa estranha confraria
Do vermute, do conhaque e do traçado
Mas se passa pela rua algum amigo
Em cuja porta a desgraça não bateu
Grito que entre neste bar, beba comigo
Hoje quem paga sou eu
Hoje faço deste bar a sucursal
Do meu lar que atualmente não existe
Tenho minha história pra contar
Uma história que é igual, amarga e triste
Sou apenas uma sombra que mergulha
No oceano de bebida o seu passado
Faço parte dessa estranha confraria
Do vermute, do conhaque e do traçado
Mas se passa pela rua algum amigo
Em cuja porta a desgraça não bateu
Grito que entre neste bar, beba comigo
Hoje quem paga sou eu