Sentado à mesa de um lugar qualquer
Bebendo solidão no amargo do café
Cercado por muitos, mas ainda só
Eu hoje entendo o que ele quis dizer
Quando me falou sobre como é ser
Um náufrago à deriva num mar de gente
Como uma porta aberta da qual ninguém vai passar
Muralhas erguidas ao redor do jardim
Refrão
Minha alma nem se dá
O trabalho de gritar
Não faz sentido algum
Vago por entre as multidões
Como um barco a flutuar
Sem destino algum
Passos curtos, pra não esbarrar
Na onda humana que teima em passar
E se quebra nos rochedos do meu caminho
Cantando baixo sem saber pra quem
O olhar perdido no olhar de alguém
Um náufrago à deriva num mar de gente
Entre eu e vós o abismo, quem atravessará?
Sinais de perigo ao redor do jardim
Refrão
Solo
Refrão