Quando o sol se pôr
Veja se pode lembrar dela
Da promessa que veio
Dentro daquelas caravelas
Trouxeram como favor
Uma dívida externa, eterna
E um senhor de engenho
Chamado North America
Independência ou Sorte
Quando o sol se pôr
Na beirada do oceano
Vem mais um torpor
Outra eleição passando
Chegam promessas e ilusões
Devastando a cultura
Desmatando corações
Violando a cor escura
Sorte no amor
Sorte pra onde quer que eu for
Sorte na vida
Que Deus ajude a fechar as feridas
Kamaiurá pintou a cara
Ofereceu a sua terra
No quintal do primeiro mundo
Está na fila de espera
Nas mãos eu tenho o destino
Tenho o poder de mudar
O sofrimento do menino
E a fome que eu lhe vejo passar