Abro a porta do teu lar como se fosse meu,
entro na tua vida e mexo nos teus souvenirs,
viro os sapatos e as gavetas do teu ser,
caio no teu mundo num insano anoitecer.
Dentro dos meus olhos há um lobo,
louco pela carne do teu corpo.
Sinto o sangue quente em teu suor,
transbordando todo sal.
E ao nascer do Sol me cego e vou,
frágil animal.
Fecho a porta do teu lar que já não é mais meu,
saio da tua vida e levo alguns dos souvenirs,
deixo os sapatos e as gavetas do teu ser,
volto pro meu mundo num agudo amanhecer.
Dentro dos meus olhos há um lobo,
louco pela carne do teu corpo.
Sinto o sangue quente em teu suor,
transbordando todo sal.
E ao nascer do Sol me cego e vou,
frágil animal.