Kininho Dornelles e Derlimar da Costa
Abrem-se goelas campeiras
Num grito de Sapucai
Quando um bocudo se vai
Bufando e roncando as ventas
O fronteriço se aguenta
Firmando a espora de aço
E o tento firma o compasso
Da força que lhe sustenta
Estoura a tampa da caixa
Sai veiaqueando o matungo
E o ginete gira o mundo
Quando a pegada é na volta
Uma roseta se solta
Do sovaco do malino
E vai traçando o destino
Do taura que gineteia
Pois quando a sorte trampeia
E o maula salta do chão
Não há quem firme o garrão
E a coisa se torna feia
mas oigaletê porquera
Homem e potro se espandem
Mostrando para o Rio Grande
Os ginetes da fronteira