Fim do verde na floresta desbravada
Ontem mata virgem hoje deflorada
Longe o eco me repete as pancadas
Começou um ritual a machadadas
Reduzindo a verde vida em pedaços
Será lenha entre as pedras com seus laços
Joga o homem toda força que há nos braços
Começou um ritual a machadadas
He! São cem anos de vida no tronco Hê
Deu seu galho ao ninho de um pássaro branco Hê
Está indo ao chão
Mais dez golpes e é o fim dessa jornada
Em carvão ela será bem transformada
Vem caindo uma porção de toneladas
E da boca do lenheiro vem risadas
Fio fino fere fundo e não faz graça
Baraúna negra morta teve raça
Resistiu até morrer fatal desgraça
Vendo aquilo um rio chora quando passa