[Betão]
Só mais uma pra relaxar?
Depois cê pode parar né?
Pode falar irmão, enquanto der
Pra bancar a ilusão
A real pode esperar
E foda-se se o corpo vai aguentar
O que perco, o que ganho o que progredi
Chega o ponto que ninguém quer tentar mesmo
Fugir do desespero
Falta de mudança
Respostas, melhora
Só resta a ilusão, não
Tem como recusar, então
Vai... outra brisa que me alucina
Pois se volto ao mundo real
Só andar vejo exploração emocional
Ficção social onde as massas
São devoradas pelo capital
Relação profissional, esforço
Pra suportar o outro
Só pra ter o que comer no almoço
É osso, nois se maltrata pela pressa de ter
Pessoas que não se entendem, vixe
Motivo pra neurose, mais uma dose
Uma centena, uma milhar, um trago
Pra ver se ajuda esquecer o cansaço
Uma ficha, uma platina
Outro doce que me apego
Pra esquecer o trabalho
[Weider]
Miséria suor, num mundo descontrolado
Vários desacreditado, cérebro agitado
Fumaça na praça, e a ignorância do lado
Jovens estagnados
Herdam costumes de gerações do passado
Frustração, vivemos como nossos pais
Num país onde vazar o olho é paz
Liberdade, alívio, quem não quer?
Sensação que sobriedade raramente te dá né?
O exagero vira descarrego, e nisso me perco
Quando me deixo levar, pela ansiedade e medo
Além das falsidades e do senso reduzido
Se mata a tentativa de sinceridade
E tudo se guia ao descaso na vida
5 Sentidos temos e a gente baila nos extremos
[Deivid]
Só que a alucinação passa e vem a sensação
Da cela se fechando
E tudo que ignorei e me incomoda
Ali me cercando, psicológico replica
E a carne convida pra outra sessão
(caralho não!)
[Deivid]
Fim de semana ou agora? mole arrumar
E o viver a girar
Esperando nosso se equilibrar
Entre fins de domingos, caindo copos a quebrar
Aborto de conforto torto, mais uma relaxar
E mundão sempre tem, ninguém impede seu mercê
Além de tentar mudar, tá
Mas quem vai perceber?
A real nos põe pra andar, me abrigo e sigo
Amigo, o que desce redondo ás vezes nos faz
Andar em círculos, mesmo sabendo onde tá indo
Não afasta o perigo, a serpente é rápida
E lucro xucro vende vício
Sem perceber, nem ver, nos compram a vida
Pela ilusão de viver, desabafo todos precisa
Mas ser sincero consigo é bem mais que brisa
Revisa sua mente e sinta, os a gente que te pisa
Jogos, latas, massa a farsa pra desgraça
(passa)
O sopro da vida que vai junto com a fumaça
Não disfarça, de graça perdeu o equilíbrio
Litro destruído
Chora vendo que foi seu arbítrio
E além das duas perguntas do início
Querem que você
Saiba, se responder, nem ficar vivo