O rio que carrega o cheiro do meu povo
Nos prova que é forte pois traz sobre o peito
A mata incrustada nascendo em seu leito
Os peixes que teimam vingar contra o lodo
O rio que carrega o cheiro do meu povo
Foi chei de beré, lambari, jundiá
E ainda permite a quem queira provar
Por cima das águas o baile das garças
Ao menos com os olhos louvar a sua graça
Que corre e deságua na beira domar