Após ter criado o céu e a terra, deus parecia cansado.
Tantos raios perenes, de furia e luz.
De noites caladas, de instantes azuis
Deus estava mesmo excessivamente preocupado
Então Deus perguntou ao seu Deus,
Se ele abençoaria esse mundo,
Mas só obteve como resposta
Um silência profundo
Deus disse, Senhor, voz que sois o meu Deus
E crisastes a mim
Voz que sois o mais justo, o bem infinito
Não me deixes pra trás, nem sufoque meu grito
Era verão e Deus não conseguiu dormir em seu próprio jardim
E vieram animais, serpentes, pardais às portas do paraiso
Dia e noite ocupado, um ser obcecado
Como um Deus que perdeu o juizo
Do barro esculpiu, deu forma e cuspiu
Sua obra de arte
Inspirado e pocesso, arrancou-lhe a costela para que outra mais bela pudesse criar
E pela primeira e última vez, Deus chorou de emoção.
Mas estava exausto, e não quis entender,
O e chamou de pecado
Que a terra seja maldita
Eu não quero vocês aqui do meu lado.
Como criaturas que estavam ao controle do seu criador
Enxertados que foram de ódio e vingança
Não gostaram da imagem
Nem viram semelhança
Os animais acharam que seu deus não era justo
Então Deus perguntou ao seu Deus:
Tanto tempo e esforço pra que
E pensou como seria se ao menos um dia pudesse entender