Quantas saudades que eu tenho do sertão
Da minha infância, da terra onde nasci
Desde pequeno já lidava com o gado
De manhãzinha bem antes do sol sair
Fecho meus olhos, ouço o galo cantando
Vai despertando e acordando a passarada
Vai clareando e vem chegando o novo dia
Lá no curral o mugido da boiada
Fogão a lenha, relva molhada
Cheiro de terra, pó da estrada
Marcas que o tempo nunca apaga
Esta saudade não tem dinheiro que paga
Hoje agradeço, devo tudo isso ao meu pai
Nas minhas veias corre o sangue caipira
Que me orgulho e trago sempre comigo
Das poesias desta terra tão querida
Por um momento, a saudade fala mais alto
Na minha mente só boas recordações
Carro de boi e o velho pouso da invernada
Paixão cabocla me ensinou muitas lições