Presidente incentive o roceiro,
Que esses guerreiros sustentam a nação,
Se não financiar esses homens,
Pode crer que a fome não tem solução,
Não se esqueça que o nosso progresso,
Dependo o sucesso do nosso sertão,
Patriotas do nosso Brasil, estão passando frio,
E com falta de pão.
Presidente sou um pobre roceiro,
Estou sem dinheiro pode acreditar,
Da lavoura eu perdi 100%,
E o financiamento, não posso pagar,
O meu sitio eu ganhei de herança,
Tem sete crianças,´prá eu sustentar,
Meu trator era hipotecado
O sitio executado, o banco vai tomar
Se acaso o sitio eu perder
O que vou fazer , Senhor Presidente?
Apesar de ter calos nas mãos,
Não tenho profissão, sou um homem carente,
Se o senhor prometer me ajudar,
E financiar de novo a semente,
Eu pagarei trabalhando,
E além disso levando o progresso pra frente.
Presidente, o gerente do banco,
Comigo foi franco, pelo telefone,
Ele disse que a situação, só tem uma solução
Se eu achar quem me abone,
Por isso eu imploro ao Senhor,
Sou mais um lavrador,
Que vem aos pés do homem,
Presidente se eu for pra cidade,
Vou ser na verdade um patriota da fome.