A noite era apenas pra justificar a solidão
De um vulto que passava
Um semblante espalhado nos espelhos
Da casa abandonada entre a multidão
O dia era apenas pra morrer no esquecimento
Das conversas do passado
Com fantasmas
Ou algum sobrevivente do seu tempo
E ia uma vida assim
Apenas vigiando
Os pequenos movimentos
Dos ponteiros do relógio
Da casa abandonada entre a multidão
O mundo ali, ao lado
Estava longe demais pra saber
(Márcio Faraco)