Era uma vez um passado e talvez
Fosse então fruto da recordação.
Sol e avidez, areais, ombros nus,
Em cada chão sementes de Verão.
Au revoir lividez, tristes tigres da tez.
Tenra idade, o fruto da vontade.
À esperança que vês, não lhe chames prenhez
Na verdade são sementes da saudade.
E podes germinar aqui ao meu lado
E não terá que ser num sentido figurado
Não partiste de vez:
Segurei-te a raiz.
Estou feliz; felizmente estás contente.
Mas foi outro final:
Tu partiste e não faz mal
Afinal, és gente com semente.
Reis dos bongós, mais bonés, pés que vês;
Já cá estão os frutos da estação.
Mães p'ra o país, eis que jaz a má rês;
Venham mais sementes estivais.
Se estio é trono, porque é que te levantas?
Sementes régias, são grainhas santas.
Não partiste de vez:
Segurei-te a raiz.
Estou feliz; felizmente estás contente.
Mas foi outro final:
Tu partiste e não faz mal
Afinal, és gente com semente.