Se de mim nada consegues
Não sei porque me persegues
Constantemente na rua
Sabes bem que sou casada
Que fui sempre dedicada
E que não posso ser tua
Lá porque és rico e elegante
Queres que eu seja tua amante
Por capricho, ou presunção
Eu tenho um marido pobre
Que possui uma alma nobre
E é toda a minha paixão
Rasguei as cartas sem ler
E nunca quiz receber
Jóias ou flores que trouxesses
Não me vendo nem me dou
Pois já dei tudo o que sou
A um amor que não conheces
Como sentinela alerta
Noite e dia sempre esperta
Na posição de sentido
Eu sou, a todo o instante
Sentinela vigilante
Da honra do meu marido