Pararam pra reparar?
Estão ouvindo esse som?
Pulsando seco no ar
Merece nossa atenção!
Preparem bem os sensores
Para poder captar
Parem usinas, motores
Para ouvirmos bater
Dum! Dum! Dum!
Seu clamar
Som de corte pungente, mundo doente além da conta
Sangra lucro imediato, mas a cura de fato, não aponta
Em uma remota viela a voz de uma santa faz menção
Um axé acappella feroz insinua o batidão
Pararam pra reparar?
Estão ouvindo esse som?
Reparem, não vai parar
Diante a tal condição
Jogos de egos gigantes
Sem dar sossego a fatal pulsação
Que segue até seu furor
Tornar-se ensurdecedor
Dum! Dum! Dum!
Seu clamar
Chega de jogar confete, de botar enfeite, achar desculpas
É guerra, é dente por dente, e rasga somente carne crua
Rouco, cantor se esgoela sozinho em meio a uma multidão
Um axé acappella feroz insinua o batidão
E se bater vai matar!
E se bater vai tremer!
Não sobrará mais que o leito de um rio
Que escorre a prenda de um passado sombrio
Enquanto o homem não acorda
Idiota! Nem nota!
Se enforca com a corda da própria tensão
E um axé feito acappella
Vai se transformando num batidão
Aí é choro doído, é sonho moído, é fim de trilha
Já mortalmente ferido, um lobo banido da matilha
Silente um bom Deus vela a terra sagrada da ingratidão
Um axé acappella feroz insinua o batidão!