Lento suave e firme
é o assentar das minhas patas no chão.
As ruas carregam coisas
ruidosas que se empurram e
me empurram sem razão,
separando-me de mim.
Caminho pesado e o meu corpo,
rugoso e sagrado, tem pintadas
as muitas cores que os homens fazem.
Aqui estou eu, enorme e frágil,
no meio da cidade, com a minhas
presas intactas.
Aqui estou eu, debaixo deste sol
escaldante que nunca me deixa
esquecer as selvas, montanhas e
imensas planícies verdes e livres
duma Índia que é minha