Não basta ser poeta e saber
Que os sonhos estão lá
Dentro do amanhecer da primavera
É preciso comungar com o orvalho
E libertar o espírito
Pra rolar na relva
E como um lobo uivar pra lua
E quando amanhecer não regressar
Ao corpo inerte
Continuar no firme propósito de ser um lobo
Fugir para as montanhas
Ao encontro da solidão e do
Inesperado, esperar pelo anoitecer
E mais uma vez uivar pra lua
Uivar pra lua, uivar pra lua