Os grandes artistas do circo
Da vida armado nas costas do povo
Desfilam despercebidos pela vistoria
Dos pobres coitados
Destroem sem dó nem piedade
Os sonhos das mentes de seus navegantes
E tudo cai na impunidade
E a farsa aumenta por todos os lados
Se julgam os civilizados
Mas mais se parecem um bando de bichos
E correm atrás do dinheiro
Não se importando com quem passa fome
Amebas parasitocratas
Que vão derramando o próprio veneno
Nas áreas que mais necessitam
Amaldiçoadas por todo descaso
E gozam de plena saúde sugando
Energia dos mais esquecidos
Que sonham com melhores tempos
Mas sem esperança de vê-los um dia
Pisados pelo compressor
Que engole o vinho e deixa o bagaço
E nada procuram fazer
Para que outras vidas não caiam no esgoto
Os grandes artistas do circo
Da vida armado nas costas do povo
Desfilam nos carros levando
Vantagem em cima de seus semelhantes
Nos insuportáveis tumultos
Que se reproduzem em nossas estradas
E tudo cai na impunidade
E a farsa aumenta por todos os lados