Meu coração tem catedrais imensas
Templos de priscas e longínquas datas
Onde um nume de amor, em serenatas
Canta a aleluia virginal das crenças
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas
Como os velhos templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos
E erguendo os gládios e brandindo as hastas
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!