Nascem pinheiros no ar
Nascem ramos dos teus dedos
Nasce a voz pra te cantar
Mas nascem em mim segredos
Morrem na bruma da tarde
Os pinhais que já vivemos
Até a luz era verde
Na tarde em que nos perdemos
Pinhais perdidos, pinhais
Mas dentre vós, quem diria
Que fosseis como punhais
A matar-me dia a dia?
Era verde a luz da tarde
Sombra, o teu corpo estendido
Era dia o meu desejo
E noite o tempo vivido