É num aglomerado de casebres
Que rapidamente cresce
Disputando espaço com os prédios
Entre altos e baixos
Mais um dia de incertezas
O barraco tá, o barraco ta de pé
Mas o que tem sobre a mesa?
O barraco ta, o barraco ta de pé
Veja! já não se pergunta mais por quê?
As respostas são tão simples
E o sino badalou as 11 hs
Nada mais se viu
Só um rio de sangue subindo a ladeira
Muita gente caída pelo chão
Enquanto os anjos do poder
Rezam missa em pró da salvação
Nem se percebe o desespero
Nem se percebe o desespero às margens da razão
Tenha cuidado com a fé que revela o que os olhos não vêem
O santo é de barro
Joga água de cheiro, arruda e guiné