Lá vem
Julgando por aparências
Lá vem
Lá vem
Com toda essa banca
De gente importante, anda
Com a fron' levantada, avança
Nariz empinado, aponta
O dedo, e não vê que três
Lhe apontam pra si mesmo
Vem que vem
Pode vim
Não olha nos olhos pra falar
Grita aos cantos, blá blá blá
Cansa quem numa mansa está
E com sua falácia já
Manipulou as vidas
Cercando, abrindo feridas
Não vê que é a própria ferida
Por ter o rei na barriga
Eu nunca quis dizer tanta impureza
Mas a vida deu firmeza de lhe
Dizer, que a quem João oprime
Só oprime a si mesmo e, pois
Então, lhe volta toda a desgraça
Dessa tal desconfiança tão ingrata
Esse tal diz que me diz
"Fofoca pra lá, fofoca pra cá, fofoca pra lá
e fo fo fo foi denovo lá... "
Lá vem
Gravata enforcando garganta ele vem
Aperta todos os calos, vem que vem
Te julga inferior mas não não está bem
Não tem interior... "ah... "
Tanta sombra pra iluminar... "ahh"
Tanta sombra pra iluminar... "ahh"
Não percebe que é a sombra
E que a si mesmo tem que clarear
Eu nunca quis
Expor dessa maneira o que falei há pouco mas é que lhe
Lhe vejo em tanta besteira, preguiça, rodeio, malfazer
Então, se apruma e não disfarça
Com essa tão desconfiança tão ingrata
Com essa tão desconfiança tão ingrata
Silêncio é ouro
Palavra é prata
Silenciou
Me olhe nos olhos quando for me falar
Me olhe nos olhos quando for me falar
Diga exatamente a onde quer chegar
Me olhe nos olhos quando for me falar
Astuto como uma serpernte, assim sei que vai chegar
Suave como um pombo, assim eu vou lhe esperar
Suave como um pombo, assim sei que vai chegar
Astuto como uma seperte, assim eu vou lhe esperar
Pai lhe Cura
Pai lhe Cura
Pai lhe Cura
Pai lhe Cura