Estou rindo sozinho
De um maluco, um velho caduco
Decerto sem noção
Que zombando dos vizinhos
Mostra a bunda na janela
Em translucidação
De tudo que aparente ser no fundo
Mais profano e mais rotundamente humano
Que a razão
Quiçá que por tais modos insolentes
O seu coração valente
Represente uma nação
Estou falando sério
De um mistério, de dois hemisférios
Da estranha sensação
De seres de outro mundo
E estares dentro de um segundo
Em outra dimensão
E por viver nas nuvens tantas vezes
Por subir pelas paredes
Vejo céus a percorrer
Soltando meus cachorros e foguetes
Flutuando em tapetes
Para o bem de se saber
Que ainda faço gatos de sapatos
Mas respondo por meus atos
E moinhos a vencer
E não há mais talvez nesse caminho
Ou já sei ou adivinho
Onde mora meu prazer