Meu avô sempre contava
Que há muitos anos passado
Conheceu um valentão
Seu nome era Zé do Prado
Home ruim sem coração
Surrava até aleijado
Nas festas que ele chegava
Barulho estava formado
Um dia numa vendinha
Veja o que ele foi fazê
Puxou do seu parabelo
Não deixou ninguém corrê
Abriu um garrafão de pinga
Pediu pra todos bebê
No meio tinha um velhinho
Que não quis obedecê
Aquele pobre velhinho
Foi falando sem receio
Não bebo porque não posso
Lhe suplico de jueio
Valentão sem piedade
Foi lhe surrando de reio
Pediu pro velho bebê
Um copo grande bem cheio
Velhinho puxou o revólve
E atirou no valentão
A bala foi bem certeira
E acertou no coração
Aquele home valente
Caiu morto no chão
Esta história verdadeira
Que sirva como lição