Há uma flor no meio do caminho
É uma rosa de caule sem espinho
Tem mais flor na beira do caminho
Tanta rosa, no Rosa eu descaminho
Nhorinhá, dama da vida, amor escuso
Dos impossíveis, é
De gosto impuro, é
De tempo curto
Rosa´uarda, dama da iniciação, foi
Caminhos turcos, foi
Pecados puros, foi
Que torna homem, na condição
Há uma flor no meio do caminho
É uma rosa de caule sem espinho
Tem mais flor na beira do caminho
Tanta rosa, no Rosa eu descaminho
Má Mutema, dama do chumbo e soturna
Foi cega-vidas, foi
Das traiçoeiras, é
Cobra coral, vil
Otacília, santa da sublimação, foi
Amor celeste, foi
De tempo longo, é
Que torna a vida celebração
Há uma flor no meio do caminho
É uma rosa de caule sem espinho
Tem mais flor na beira do caminho
Tanta rosa, no Rosa eu descaminho
Diadorim, damo da guerra, dos opostos
Vinganças turvas, é
Amor calado, foi
Querer profano
Diadorim, dama de torta restrição, fez
Querer confuso, fez
Dos tempos curvos, é
Que fez mistério, consternação
Há uma flor no meio do caminho
É uma rosa de caule sem espinho
Tem mais flor na beira do caminho
Tanta rosa, no Rosa eu descaminho