Ó nóis de novo lavando ódio no sereno
Planos mirabolantes nesse universo pequeno
Destilando os venenos serpente também sorri
Mas nem o Golias vai tirar a fé de Davi
Ontem eu vi, tiros na rua de cima
Crime e morte na esquina, maldade não muda o clima
Sempre a mesma fita meus irmãos se matando
Hitler ta feliz com corpos se empilhando
Mas vai! no sapatinho o que é deles ta chegando
E o erro do Serginho foi achar que era malandro
Eu fui designado e o fardo ta pesado
Um acerto, outro, lotado de pecado
Eu to ligado, aqui só tem pecador
Alguns acham que não vivendo de apontador
Sorriram da nossa dor, brincaram com o coração
O esnobe no cativeiro querendo comprar o perdão
Ó lá, de oitão, buldogue enferrujado
De olho nos impérios, a mil roubando os mercado
Inocente ocupado, aqui tudo se mistura
Até shakespeare pira com nossa literatura
Matar pela moldura, morrer sem ser pintura
Impureza da rua na cocaína mais pura
Muitos dormem na lama, sonham com as altura
Quem se acha de aço descobre que a bala fura
Flores em corredores, dores em sepultura
Mistura de chopin com o ódio do sepultura
Alvará de soltura, uma dose na loucura
Uma luz no fim do túnel, carai... era viatura