Ninguém de olhos abertos pode me ver
Por isso ninguém me diga como devo ser
Ninguém me diz o que falar
Ninguém me diz por onde andar
Ninguém me diz o que fazer
Ninguém me diz quando devo crescer
Ninguém me diz quem devo amar
Ninguém me diz quando enxergar
Ninguém me diz quando chorar
Ninguém me diz quando existir
Ninguém alimenta meus descendentes
Mas todos me corroem por dentro
Ninguém irá matar minha mãe
E tentar segurar em minha mão
Pra ninguém sou um fantoche
Vivendo perdido sob os olhos
Ninguém irá dizer
Ninguém me dirá o que viver
Ninguém me diz quem são meus amigos
Meu caminho seguirei comigo
Ninguém me diz o que rezar
Ninguém me diz como pensar
Ninguém me diz que sou livre
Aprisionado dentro de mim
NINGUÉM!