Evolução da espécie em rimas vastas como ar, pulmão
armando a estrutura que te leva até meu modo de
pensar. Uso Machado De Assis, transformo pontos de
racismo em partículas menores. Como podes me dizer
quem posso ser, sem ser quem sou?
Quadros de esperança e elegância pelas salas que
construo no papel, se perdem pelo céu do meu planeta
de batidas. Muralhas são erguidas pra estimular seu
cérebro, por mérito desligo-me do resto que me cerca.
Maias, Incas, Astecas, mulheres de bicicleta e pouca
roupa pela praia.
Eu fecho o livro pra cruzar essa avenida. A indústria
está falida, mas a minha arte é viva, exploro as
opções. Pediram mil refrões, eu trouxe lógica e
verdade. Sim, eu já passei da idade de brincar de ser
artista.
Visão Iluminista de juntar batida e rima, grito nível
de cima, mas ninguém se aproxima. Isso é terapia
intensa, penso com exatidão, passei da indecisão dos
20 e poucos. Se os versos são bem loucos, me desculpem
isso é culpa da fração de puberdade ainda ativa nos
meus genes. São 1,2 many fuckers "crowdeando" meu
espaço musical. Calculem meu final, eu troco datas e
lugares, desligo celulares pra falar sozinho e
pronto!
Silêncio de 16 tempos
Volta do instrumental por + 10 barras
"Eu faço parte da sua imaginação também!"