ainda te hei-de ver
talvez vendida
a uma ninharia qualquer
e desaparecer
talvez perdida
já sem nada a perder
no mar cinzento e sombrio
pelas vagas detruidas
essa proa altiva
no mar de sonhos vazios
de ti propria fugitiva
sem história sozinha e esquecida
pagava pra ver
quem atrás dos panos
se esconde afinal
quem queres
teu prazer
floresta de enganos
meu faso cristal
deitada a perder
os mais sagrados vicios
tornava-me santo enfim
sem regatear sequer os sacrificios
sem nada a sobrar de mim
>>refrão<<