As coisas passam mais devagar
Ou sou eu que enxergo melhor?
O ritmo do agora é uma dança
Suave que sai de mim
Sou um rosto calmo olhando
A velocidade das coisas inúteis
Que arrastam tudo que amo
Sei agora tão pouco de tudo
Que me faria ser mais sábio e carinhoso
Estou cansado de explicar pra mim
Antes de dormir, coisas que finjo não saber
Talvez esteja tão imerso
Naquilo que eu pretendia ser, deixei de viver
Ontem a chuva me contou um pouco sobre mim
Me pediu segredo
Quando a vida tentar descobrir
Deixei o sonho descansando
Para a próxima manhã
Do outro lado do rio
Que escuta manso a voz de tupã
Ando calmo como quem passa o dia
A ver filhotes cor de avelã
Quero o amor manso, daqueles sem paixão
Estou cansado de explicar pra mim
Antes de dormir, coisas que finjo não saber
Talvez esteja tão imerso naquilo
Que eu pretendia ser, deixei de viver
O desespero não contava com um dia assim
Tudo pra depois