No caminho algo não me deixa parar
Nado contra o vento e sinto quem não sou
Se mesmo Deus parece tão egoísta
Porque se afogar em desespero?
Vida fútil de plástico
Amores falsos de plástico
Pesadelos reais
Falo pra mim o que eu queria ser
Mas não tenho coragem pra tentar
Fico só pensando no que eu vou fazer
Quando estiver pronto pra acordar
A rebeldia do pecado inundou a liberdade
O homem que nasceu pra ser inteiro
Despedaça-se nos vícios dos desejos mais banais
Sem nada que lhe console
A não ser a amargura vacilante
Corpos artificiais de plástico
Sonhos de plástico
Dores reais
Algo no caminho não me deixa seguir
Se até Deus de mim parece duvidar
Como posso eu nele acreditar
Consciência vil de plástico
Ar puro de plástico
E o futuro real
O destino de um homem é alheio a sua fé