Quanta saudade de um berrante repicando
Amadrinhando uma boiada no estradão
Ver a poeira formar nuvens no espaço
Sentir cansaço do troteio de um pagão
Sentir o gosto da comida boiadeira
A costumeira carne seca no feijão
Levar a vida sem parede e sem telhado
Tocando o gado nas estradas do sertão
{Estribilho} Ei... boi... ei... boi; Toque o berrante, boiadeiro, ei boi
Na despedida uma cabocla na janela
Coisa tão bela igual à flor do amanhecer
Lá bem distante conversar com a saudade
Sentir vontade de voltar para lhe ver
Tingir a roupa com poeira da estrada
Lá na pousada ouvir o gado remoer
Armar a rede nos esteios do galpão
Na escuridão se balançando e adormecer
Fui boiadeiro por gostar da profissão
O estradão foi o meu mundo colorido
Cada viagem uma estória pra contar
A cavalgar pelos rincões desconhecidos
Sem comitiva, sem berrante e sem boiada
Por outra estrada solitário agora eu sigo
Não seu aonde colocar tanta saudade
Felicidade já não vive mais comigo