De terno branco, todo engomadinho,
Todo faceiro, carregando o pinho,
Já vem chegando meu feliz cantor,
Salve o seresteiro, salve a meu amor.
A noite é minha,
O seu semblante alegre está dizendo,
Que está cheinho de disposição,
Para acabar com a dor que estou sofrendo,
Clareando a noite do meu coração.
Eu tinha visto um manto muito escuro,
Cobrir a ilusão da minha vida,
Mas como a dor sempre descobre um furo,
Meu desengano encontrou saída.
A chave que abriu a liberdade,
Para o meu coração cheio de dor,
Está na voz e na simplicidade,
Deste seresteiro, que é o meu amor.