O menino fugiu, se perdeu nessas ruas que sabia de cor
As palavras ardiam, soavam mais duras do que seu pai lhe ensinou
Adiante sujou suas mãos, mas o Senhor lhe perdoou
Afinal, a inocência é um pequeno barco que nunca mais volta pro cais
E mais tarde foi parar entre as pernas de um amor casual
E entendeu que a paixão são fragmentos de amores num velho colchão
E um dia…
Conheceu bons amigos leais que o ensinaram a mentir
E da mentira aprendeu, que só se rouba uma história se for pra cantar
E chorou com as belas canções de anônimos, poetas de bar
E sorriu sem saber onde nascem os dias que ainda estão por vir
E por fim, concluiu: Não se atravessa uma vida sem magoar alguém